Entrada de calçados no Brasil registrou maior número da série histórica iniciada em 1997
Se por um lado as exportações estão em queda, em função das instabilidades no cenário internacional, por outro, as importações estão acelerando o ritmo de expansão, o que preocupa o setor calçadista nacional, que viu o saldo da sua balança comercial despencar quase 80% em julho. No mês sete, conforme dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), as importações de calçados somaram 4,2 milhões de pares e US$ 66 milhões, incrementos tanto em volume (98,5%) quanto em receita (89,6%) em relação ao mesmo mês de 2024. Foi a maior importação, em dólares, desde o início da série histórica, iniciada em 1997.
Nos sete primeiros meses de 2025, as importações somaram 26,58 milhões de pares e US$ 337,8 milhões, incrementos tanto em volume (+27,5%) quanto em receita (+30,5%) em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado dos sete meses do ano, as principais origens das importações foram o Vietnã, com 8,3 milhões de pares e US$ 162,45 milhões, incrementos de 26% e de 32,6% ante o mesmo intervalo do ano passado; China, com 7,96 milhões de pares e US$ 27,47 milhões, altas de 7,5% e de 9,4%; e Indonésia, com 5,4 milhões de pares e US$ 84,24 milhões, incrementos de 65,8% e de 85,3%. No recorte de julho, Vietnã foi a origem de 1,8 milhão de pares, pelo quais foram pagos US$ 34,63 milhões, incrementos de 129,7% e de 117%, respectivamente, ante julho de 2024; a China de 357,62 mil pares, pelos quais foram pagos US$ 4 milhões, incrementos de 30,7% e de 57,8%, respectivamente; e a Indonésia de 1,1 milhão de pares por US$ 16,3 milhões, incrementos de 156,3% e de 103%.
Em partes de calçados - cabedais, solados, saltos, palmilhas etc -, as importações dos sete meses somaram US$ 26,16 milhões, 25,2% mais do que no mesmo período do ano passado. As principais origens foram China, Paraguai e Vietnã.
Exportações em queda
Dados elaborados pela Abicalçados apontam que, em julho, as exportações do setor somaram 7,18 milhões e US$ 76,74 milhões, quedas de 7,3% e de 11,8%, respectivamente, ante o mesmo mês de 2024. Nos sete primeiros meses de 2025, as exportações seguem positivas, mas em linha decrescente. No período, foram embarcados para o exterior 59,88 milhões de pares, que geraram US$ 574 milhões, incrementos de 6,6% e de 0,7%, respectivamente, no comparativo com o mesmo intervalo do ano passado.
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